Saúde promove Dia “S” de busca ativa para casos suspeitos de sarampo e rubéola

 

OMinistério da Saúde, em parceria com gestores e trabalhadores da rede de atenção primária, atenção especializada, de vigilância epidemiológica, laboratório e outras áreas envolvidas, promoveu, na quinta-feira (14), o Dia “S” de Busca Ativa de Casos Suspeitos de Sarampo e Rubéola. A iniciativa busca fortalecer as ações de vigilância em saúde e manter o Brasil livre dessas doenças.

A iniciativa visa a mobilização e sensibilização para a realização de buscas ativas em todo o território nacional. A título de exemplo, em 2021, foram visitadas 24,1 mil casas e serviços de saúde e entrevistadas 345 mil pessoas e prontuários revisados, com 85 casos suspeitos identificados. Em 2022, os números aumentaram para 661,1 mil casas e serviços de saúde visitados, 1,9 milhão de pessoas entrevistadas e prontuários revisados e foram identificados 227 casos suspeitos.

Em 2023, até a Semana Epidemiológica 26, foram 643,8 mil casas e serviços de saúde visitados, 1,4 milhão de pessoas entrevistadas e prontuários revisados, com a identificação de 50 casos suspeitos. No total, foram realizadas 1,3 milhão de visitas a casas e serviços de saúde, entrevistadas 3,7 milhões pessoas e prontuários revisados, com 362 casos suspeitos notificados.

“Tivemos avanços significativos do país na eliminação da rubéola desde 2015, além dos esforços contínuos para obter a certificação de eliminação do sarampo. É crucial demonstrarmos progressos nas estratégias de vigilância e vacinação para alcançarmos nossos objetivos”, destacou o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti.

Modelos de busca

A busca retrospectiva se baseia nos dados dos últimos 30 dias antes do evento, permitindo identificar padrões e tendências que possam indicar a presença de casos suspeitos de sarampo e rubéola.

Já a busca prospectiva consiste na realização de busca ativa durante a rotina dos serviços de saúde, atenta a sinais e sintomas que possam sugerir a ocorrência dessas doenças.

Coordenadora Geral de Laboratórios de Saúde Pública da Secretaria Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Marilia Santine de Oliveira, destaca a relevância da vigilância laboratorial no enfrentamento ao sarampo. “É crucial mantermos uma vigilância detalhada para assegurar que nossos resultados sejam sustentáveis no longo prazo”, explicou.

Buscas em territórios indígenas

Luana Souza Habibe, representante da Coordenação de Vigilância em Saúde Indígena da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), por sua vez, ressalta a importância do trabalho articulado entre os órgãos e a prioridade absoluta dada à vacinação nos territórios indígenas. “Nossa prioridade é garantir que cada entidade tenha autonomia para realizar a busca ativa de casos suspeitos, sempre em estreita colaboração com as secretarias estaduais de saúde”, concluiu. 

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