A deputada estadual Janaina Riva afirmou que caso o deputado federal Emanuelzinho assuma a presidência do diretório do MDB em Cuiabá haverá um “esvaziamento” na sigla.

Os dois parlamentares estão sendo ventilados para ocupar a direção para organizar o MDB na Capital visando as eleições do próximo ano. No entanto, Janaina tem a preferência das lideranças estaduais da sigla, enquanto Emanuelzinho tenta buscar apoio do diretório nacional.

Ele estava até agora pouco filiado em Várzea Grande, disputou lá pelo PTB, mas agora virou o cara mais partidário do mundo dentro do MDB

Questionada sobre a possível liderança no deputado em Cuiabá, Janaina ironizou a repentina vontade do correligionário em entrar para o diretório da Capital.

“Ele estava até agora pouco filiado em Várzea Grande, disputou lá pelo PTB, mas agora virou o cara mais partidário do mundo dentro do MDB para ser presidente do partido em Cuiabá”, afirmou em entrevista ao Pod Andersen.

“O que vejo que vai acontecer é que se ele se tornar presidente do partido vai ocorrer um esvaziamento da sigla. E vai colocar esses caras que ficam puxando o saco do Emanuel, especialmente os vereadores, para dar legenda”, acrescentou.

Em novembro a deputada acusou o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, de atropelar o processo de eleições internas e tentar um “golpe” no diretório do MDB Cuiabá.

A movimentação de Emanuel teria o objetivo de ajudar o filho a chegar na liderança da sigla na Capital, já que o prefeito está prestes a perder a presidência do diretório, hoje comandada pelo seu aliado, o advogado Francisco Faiad.

Apesar de afirmar que a liderança de Emanuel deixou a sigla “às traças” em Cuiabá, Janaina não descartou a possibilidade de Emanuelzinho ser o sucessor no comando do partido.

Segundo ela, o diretório nacional do MDB, presidido pelo deputado federal Baleia Rossi (SP), não tem grande conhecimento das divergências que existem em Mato Grosso, o que seria uma vantagem para o parlamentar. Atualmente as discussões para definir quem comandará a sigla em Cuiabá ocorrem em Brasília.

“Vai ser uma pena se ele for presidente, mas isso é uma decisão que não está tomada. A gente ainda não sabe se vai ser isso mesmo. É um partido muito grande, que tem essa questão federal que pesa. Pena que a nacional não tem tanto esse sentimento do que acontece aqui”, disse.