Sem autorização para transportar passageiros, lancha que afundou no Pará partiu de porto clandestino

lancha que naufragou na quinta-feira (8) em Belém, capital do Pará, tinha irregularidades e partiu de um porto clandestino, segundo a Arcon-PA (Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Estado do Pará). O naufrágio deixou 12 pessoas mortas, sete desaparecidas e 63 sobreviventes.

A agência reguladora notificou a empresa responsável pela embarcação e comunicou a irregularidade à Capitania dos Portos.

“A embarcação não possui autorização para realizar transporte intermunicipal aquaviário de passageiros junto ao órgão estadual e realizou a viagem partindo de um porto clandestino na localidade de Camará, Marajó.”

O Corpo de Bombeiros Militar do Pará e a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil informam que foram deslocadas outras duas embarcações com equipes de mergulhadores de resgate, que iniciaram o reconhecimento do local e as buscas aos desaparecidos. O naufrágio ocorreu próximo à praia da Saudade, em Cotijuba.

Vítimas

 

Sobreviventes do acidente relataram momentos de agonia antes de a embarcação afundar. “Estava balançando muito, quebrou a hélice e aí começou a entrar água, entrar água e a lancha foi afundando”, disse uma das pessoas que se salvaram.

Barcos pequenos ajudaram a resgatar os passageiros. “Eu fui quase a última a me jogar. Eu não tive tempo de colocar colete, peguei, puxei e me joguei”, diz uma mulher sobre o momento em que conseguiu se salvar. “Parou o motor, a bomba não funcionava e ficou de popa lá e a maresia começou a entrar por trás”, afirmou outro passageiro.

O naufrágio

 

A lancha vinha da ilha do Marajó. A Prefeitura de Belém, por meio da Sesma (Secretaria Municipal de Saúde de Belém), relata que o Samu (Serviço Atendimento Móvel Urgência) esteve na área para auxiliar no resgate das vítimas.

Os sobreviventes foram direcionados para a UBS (Unidade Básica de Saúde) de Cotijuba, para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Icoaraci e para a UBS de Marambaia. Segundo a Arout (Agência Distrital de Outeiro), o barco saiu da ilha do Marajó com destino a Belém, para evita, provavelmente, a área de fiscalização da agência.

A Arcon-Pa (Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Pará) informou por meio de nota que havia notificado a empresa responsável pela embarcação e comunicado à Capitania dos Portos a irregularidade do transporte aquaviário.

 

 

 

 

Por; R7