‘Serve de aprendizado’, diz Lúdio sobre escolha de Márcia e derrota nas eleições de 2022

Lúdio Cabral (PT) avaliou que o nome da primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro (PV), não foi uma boa escolha da federação Brasil da Esperança para a disputa ao governo em 2022. Deputado estadual quer que isso sirva de “aprendizado” para as eleições de 2024, já que também há na federação um impasse sobre a escolha do candidato a prefeito, que pode ser o vice de Emanuel Pinheiro, José Roberto Stopa (PV), ou algum nome do PT, como o de Lúdio ou da ex-deputada federal Rosa Neide.

Em coletiva de imprensa na quinta-feira (31), Lúdio anunciou, oficialmente, que é pré-candidato à Prefeitura de Cuiabá nas eleições de 2024. Além dele, Rosa Neide também é pré-candidata do PT ao mesmo cargo e a definição do nome deve sair até o próximo mês.

A partir daí, o PT irá dialogar com os partidos da federação Brasil da Esperança, que além do Partido dos Trabalhadores também é composta pelo Partido Verde (PV) e pelo Partido Comunista do Brasil (PC do B). Emanuel Pinheiro já declarou apoio ao nome de Stopa, assim como apoiou o de Márcia em 2022, e Lúdio espera que a escolha para o pleito do ano que vem não seja feita da mesma forma.

“Vocês sabem da minha avaliação de que na eleição passada, o desenho da chapa majoritária que nós construímos não foi um desenho que nos permitiu alcançar o potencial que teríamos de resultado eleitoral e isso, na minha opinião, serve de aprendizado. Porque não dá, nós não podemos de forma alguma, com todo o respeito ao prefeito de Cuiabá, ter nenhum tipo de ingerência na federação, embora o vice-prefeito esteja no PV, embora a esposa dele esteja no PV”.

Deputado afirmou que o PT apresentou nomes para a disputa ao Governo no ano passado, mas seu grupo foi derrotado e o nome de Márcia foi escolhido. Ela ficou em segundo lugar, conquistando 16,41% dos votos contra os 68,45% do eleito Mauro Mendes (União).

“Nós apresentamos nomes do PT para a disputa tanto ao Governo, quanto ao Senado em 2022. Agora, quando o PT estadual foi tomar a decisão em um encontro de delegados, a decisão do PT foi de não lançar candidato a Governo nem candidato ao Senado. A nossa posição foi derrotada democraticamente, nós tínhamos nomes para apresentar na disputa e depois a federação acabou construindo a aliança que produziu o resultado eleitoral que todos sabem”.

Na coletiva, o parlamentar ainda reforçou que, em Cuiabá, o PT é oposição à gestão Emanuel Pinheiro e terá um projeto diferente para a cidade.

“O PT em Cuiabá é oposição ao atual prefeito e vamos nos posicionar no campo da mudança, na construção de um projeto novo para a cidade. Nós respeitamos o prefeito e a postulação do vice-prefeito. Mas temos a visão que temos muitos problemas crônicos e estruturais na cidade que precisam ser superados, principal deles é a Saúde”, disse.

Vinicius Mendes-redacao@gazetadigital

Gabriel Duenhas / Gazeta Digital