Servidor foi morto após falar para genro procurar emprego em Cuiabá

O juiz Lídio Modesto, titular da 4° Criminal de Cuiabá/MT, manteve a prisão preventiva de Joneiff Benedito Ribeiro de Souza Santos, 43 anos, acusado de matar o sogro Acemar de Moura Rodrigues, 56 anos, nesta quarta-feira (11), dentro da residência onde ambos moravam, no bairro Altos da Serra, em Cuiabá. A acusado morava com a filha da vítima nos fundos da casa onde aconteceu o crime.

Após matar o servidor público a facadas, o criminoso limpou a arma, entrou para seu quarto e foi dormir, onde acabou sendo preso em flagrante pela Polícia Militar. A prisão em flagrante foi convertida em preventiva durante audiência de custódia realizada na manhã desta quinta-feira (12).

O documento aponta ainda que o acusado não trabalhava, possui antecedentes criminais e é Portador de Necessidades Especiais (PNE). Inclusive, o motivo da desavença que gerou o crime seria o fato da vítima falar para o acusado procurar emprego.

A informação sobre distúrbio mental que o acusado sofre será avaliada através de exames médicos.  “Em ato contínuo, defiro o pedido da defesa, que seja feito o encaminhamento de Avaliação Médica do autuado”, diz um trecho da despacho.

Acemar de Moura Rodrigues foi assassinado na residência da família, no Bairro Altos da Serra, enquanto se preparava para ir ao trabalho. O homem era servidor público municipal de Cuiabá/MT e trabalhava como motorista de ambulância da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), da Morada do Ouro.

A esposa do acusado relatou à polícia que sofria ameaças por parte do marido, que dizia ter distúrbios mentais. Segundo ela, durante qualquer discussão, o marido perguntava se ela “queria ficar sem pai ou sem mãe e que se ele os matasse não tinha problema porque ele tinha um laudo e não ia ficar preso”.

A mulher alega que apesar de alegar ter um laudo médico apontando distúrbios mentais, o marido não teria nenhum problema. Durante entrevista ‘SBT Comunidade’, o delegado Olímpio da Cunha Fernandes Junior, disse que não há dúvidas quanto a autoria do crime, apesar do caso ainda estar sob investigação. “Estamos convencidos de que o suspeito preso realmente é o autor dos fatos e agora só falta cercar de todas as provas para finalizar a investigação”.

O laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) ainda deverá apontar a quantidade de golpes. A possível arma do crime encontrada com o homem já está em poder da Polícia.

Ao delegado, o suspeito negou a autoria e também apresentou a versão de que teria distúrbios mentais. “Ele negou o crime, negou até que fosse ele durante a identificação. Parece que existe um histórico de que ele se intitula, ou se diz com problemas psiquiátricos. A gente não sabe ainda se isso é verdade”.

O caso segue sendo investigado.

 

Por; Folhamax