Shopping de BH deve indenizar funcionária que ficou 9 horas em pé

Um shopping de Belo Horizonte, localizado na região Centro-Sul da capital, foi condenado a pagar uma indenização de R$ 2.000 a uma funcionária, por danos morais, após oferecer condições de trabalho precárias.

Segundo o TRT (Tribunal Regional do Trabalho), o local não oferecia condições de fazer pausas para descanso, alimentação ou ir ao banheiro. O tribunal afirmou ainda que foi constatada negligência do estabelecimento em relação ao fornecimento de assento e falta de substituição por colega se necessário.

A mulher era controladora de acesso no shopping, função que faz medição de temperatura e fiscalização sobre o uso de máscaras, de acordo com exigências das normas sanitárias da pandemia da Covid-19. Ela era funcionária de uma empresa que prestava serviços ao centro comercial.

A ex-funcionária afirmou que era constantemente humilhada no local de trabalho, sendo obrigada a ficar mais de nove horas por dia em pé. Ainda de acordo com a trabalhadora, ela era obrigada a aguardar horas por uma substituição para que pudesse fazer uma pausa durante o período de trabalho.

Uma testemunha foi ouvida e afirmou que a maioria da equipe passou mal por falta de alimentação e de água.

Segundo o TRT, os réus afirmaram que sempre havia banheiros disponíveis e boas condições de trabalho para os empregados.

O shopping foi condenado a pagar indenização por danos morais e por direitos trabalhistas descumpridos. Além do valor de R$ 2.000, o centro comercial ainda deve pagar horas extras da jornada das 12h às 22h, de terça a domingo, remuneração dobrada pelo trabalho em domingos e feriados e valor pelo tempo de intervalo intrajornada não respeitado.

A reportagem pediu posicionamento para o estabelecimento e aguarda retorno.

*Estagiária do R7, sob supervisão de Ana Gomes

 

POR; R7