Sorriso prevê queda de R$ 1 bi no faturamento de sojicultores

Prefeito Ari Lafin afirma que 2024 será um ano de cautela; ele decretou situação de emergência

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O prefeito de Sorriso, Ari Lafin, que decretou situação de emergência na cidade

VITÓRIA GOMES
DA REDAÇÃO

O prefeito de Sorriso, Ari Lafin (PSDB), calcula que produtores de soja do Município devem perder aproximadamente R$ 1 bilhão em receita por causa da quebra da safra, decorrente da seca e do calor.

 

Infelizmente o ano de 2024 será de atenção, porque o Governo do Estado terá que fazer sua análise e provavelmente teremos alguns cortes

Uma pesquisa feita pra Aprosoja-MT (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso) mostrou que as ondas de calor e a redução das chuvas no Estado devem quebrar a produção da safra 2023/24 de soja em cerca de 20%.

 

Considerada a capital nacional do agronegócio, Sorriso também foi impactada pela queda de produção e, segundo o prefeito, várias propriedades foram prejudicadas pela seca.

 

“Com os 20% a menos, Sorriso, de R$ 4,158 bilhões que faturaria em soja, vai faturar um total de 3,3 bilhões. Isso significa uma queda aproximada, em valores, de R$ 1 bilhão a menos que Sorriso vai contribuir para o Estado. Isso vai refletir nos cofres de Mato Grosso”, afirmou em entrevista à Rádio Capital.

 

O governador Mauro Mendes (União) já admitiu que vai iniciar 2024 fazendo um contingenciamento no orçamento devido às perdas no campo.

 

Lafin confirmou que o próximo ano também será de atenção para o Município. Na semana passada o prefeito decretou situação de emergência pela falta de chuvas.

 

Segundo ele, o decreto seria uma forma de tentar proteger os produtores rurais que tiverem os seus prejuízos confirmados.

 

“Infelizmente o ano de 2024 será de atenção, porque o Governo do Estado terá que fazer sua análise e provavelmente teremos alguns cortes. O governador deve segurar alguns investimentos no ano que vem. Teremos que aguardar”, disse.

 

“A nossa manutenção é o agronegócio. A agroindústria ainda está chegando, ela não é uma força total dos nossos municípios. Mas o agro é a grande potência. Se não chegar aos 141 municípios, eu diria que pelo menos 100 dependem dele”, acrescentou.

 

Um Comitê de Monitoramento Climático também foi criado no Município para tratar de assuntos relativos a escassez de chuvas.