Técnico de enfermagem é agredido a socos por acompanhante de paciente em hospital do DF

Um técnico de enfermagem foi agredido com xingamentos e socos por volta das 5h deste domingo (15), no Hospital Regional de Planaltina (HRPL), no Distrito Federal. O homem acabou detido por seguranças da unidade de saúde e levado para a 16ª Delegacia de Polícia. O caso foi registrado como lesão corporal e ameaça. O nome dele não foi divulgado e o g1 não conseguiu localizá-lo.

A direção do hospital emitiu nota de repúdio (veja mais abaixo). Fúlvio Fernando da Silva, de 36 anos, teve ferimentos no braço esquerdo. O profissional de saúde contou que fazia plantão no setor de triagem quando o homem chegou “exaltado” com uma mulher no colo que dizia estar com falta de ar.

“Eu verifiquei os sinais vitais e ela estava bem, mas com crise de ansiedade. O acompanhante simplesmente não aceitou a conduta e, então, a gente pediu para que ele se retirasse porque estava deixando a paciente mais nervosa. Ele começou a xingar toda equipe, fingiu que ia sair, passou por trás de mim, me puxou pelo braço e já foi me agredindo com socos no peito”, diz Fulvio.

 

O técnico de enfermagem fez exame de corpo de delito neste domingo. Ele precisou colocar uma tala no braço em razão dos edemas provocados pela agressão e vai ficar sete dias afastado das atividades.

“Fui pego de surpresa. Eu nunca tinha passado por isso antes. Estou bastante abalado e triste com a situação. Os hospitais já andam lotados, tem muita demanda e a gente ser agredido injustamente é triste. Eu só estava fazendo o meu trabalho”, lamenta.

 

‘Inadmissível’

A gerência de emergência do Hospital de Planaltina divulgou, no início da tarde deste domingo, uma nota de repúdio pela agressão praticada contra o profissional de enfermagem.

“Profissionais de enfermagem estão lutando a favor de salvar vidas diariamente, diante de um cenário desafiador de escassez de Recursos Humanos e deficiência de estrutura física, além do aumento exponencial de carga de trabalho em virtude do período vivenciado”, afirma Cássia Franco, gerente de emergência.

 

A direção do hospital classificou o ato como “inadmissível” e que “agredir profissionais de saúde não soluciona nenhum dos problemas de atendimento, seja ele no setor público ou privado, além de ser um total desrespeito aos profissionais que disponibilizam seu conhecimento e força de trabalho em prol de cuidar da saúde e bem-estar da comunidade”.

A gerência da unidade de saúde ainda solicitou que “as autoridades de segurança pública apurem o ocorrido e que o agressor seja responsabilizado pelos seus atos”.

Por; G1