TJ nega recurso e mantém servidor da Assembleia réu em ação

MidiaNews

A desembargadora Helena Maria Bezerra Ramos, que assina a decisão

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

A desembargadora Helena Maria Bezerra Ramos, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, negou recurso do servidor da Assembleia Legislativa, Luiz Márcio Bastos Pommot, e o manteve réu em uma ação por suposto ato de improbidade administrativa.

 

Ele é acusado de participar de um esquema – classificado como “Máfia das Gráficas” pelo Ministério Público Estadual (MPE) – que teria desviado valores milionários dos cofres do Parlamento, por meio de fraudes em licitação para aquisição de materiais gráficos.

 

Também respondem à ação os ex-deputados Mauro Savi, Sérgio Ricardo, o empresário Lídio Moreira dos Santos e a empresa Espaço Editora Gráfica e Publicidade Eireli. O MPE pede que eles sejam condenados ao ressarcimento de R$ 405 mil.

 

Pommot buscava sobrestar a ação em relação a ele, alegando a prescrição da pretensão punitiva, uma vez que deixou de exercer o cargo em comissão de secretário de Orçamento e Finanças da AL, no qual ele, em tese, teria condições de praticar os atos ímprobos.

 

Na decisão, a desembargadora entendeu que a tese de defesa do servidor se mostrou “duvidosa”.

 

Isso porque a prescrição requerida é reconhecida quando há o encerramento do vínculo entre o servidor investigado e a administração pública. Pommot segue trabalhando na Assembleia Legislativa como servidor efetivo como analista administrativo.

 

“Desse modo, entendo que tais argumentos bastam para negar a concessão do efeito suspensivo, pois, em uma análise preliminar, própria desta fase processual, e, em atenção ao conteúdo fático-probatório e documentos acostados aos autos, não se vislumbra a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, de modo que a manutenção do decisum objurgado é medida que se impõe”, decidiu.

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