Unimed: “Auditoria é estratégia para evitar ações na Justiça”

A Unimed Cuiabá afirmou que os ex-diretores da cooperativa estão fazendo uma mamobra judicial na tentativa de evitar punições cíveis e criminais pelo prejuízo contábil de R$ 400 milhões.

 

Nesta segunda-feira (18), o juiz Yale Sabo Mendes aprovou o pedido dos antigos diretores para realização de uma perícia técnica na auditoria, feita de forma independente pela atual gestão, que apontou o rombo milionário.

 

“Sobre a decisão da 7ª Vara Cível de Cuiabá […] a Unimed Cuiabá esclarece que o pedido foi requerido pelos ex-gestores da Cooperativa como estratégia de defesa para se eximir das possíveis responsabilizações cíveis, penais e administrativas”, diz a nota enviada pela atual diretoria.

 

Os ex-gestores alegaram que a perícia tem como objetivo mostrar de forma “clara” e “transparente” qual seria a verdadeira situação financeira da cooperativa.

No entanto, a Unimed Cuiabá reforçou que o balanço de 2022, anteriormente apresentado pelo ex-diretor-presidente Rubens de Oliveira e pela antiga direção, era repleto de incoerência. Situação que incentivou os atuais diretores a investigarem os resultados.

 

“Destaca-se que o Balanço de 2022 […] foi reprovado em Assembleia Geral Ordinária (AGO) em razão de gravíssimas inconsistências contábeis detectadas não apenas pelo Conselho Fiscal e por parecer de Auditores Independentes”, diz a nota.

 

“Tais desconformidades já vinham sendo apontadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), sem correção”.

 

No final, a auditoria mostrou que, de R$ 371,8 mil de resultado positivo, a cooperativa estava com um prejuízo de R$ 400 milhões.

 

O ex-presidente Rubens de Oliveira foi apontado como responsável pelo prejuízo e foi afastado pelo Conselho de Administração da Federação Unimed Mato Grosso no início de setembro.

 

Leia a nota na íntegra:

 

“Sobre a decisão da 7ª Vara Cível de Cuiabá, que autorizou a realização de prova pericial no Balanço Patrimonial de 2022, a Unimed Cuiabá esclarece que o pedido foi requerido pelos ex-gestores da Cooperativa como estratégia de defesa para se eximir das possíveis responsabilizações cíveis, penais e administrativas. 

 

A decisão não faz nenhuma avaliação sobre as demonstrações contábeis da Cooperativa e, inclusive, nega o pedido de suspensão do processo administrativo interno que os ex-gestores respondem perante a Comissão Disciplinar Cooperativista (CDC) da Unimed Cuiabá. 

 

Destaca-se que o Balanço de 2022 apresentado pelo ex-diretor-presidente Rubens de Oliveira, e demais ex-gestores, foi reprovado em Assembleia Geral Ordinária (AGO) em razão de gravíssimas inconsistências contábeis detectadas não apenas pelo Conselho Fiscal e por parecer de Auditores Independentes. Tais desconformidades já vinham sendo apontadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), sem correção.

 

Em razão disso, assim que a atual gestão assumiu, contratou a auditoria externa, realizada pela PP&C Auditores Independentes, regularizando todas as inconsistências contábeis já apontadas pela ANS. A realidade financeira da Cooperativa, que encerrou o exercício de 2022 com prejuízo de aproximadamente R$ 400 milhões, foi apresentada em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) – que aprovou o novo Balanço Contábil 2022. A realidade financeira existente na Cooperativa, resultou na Direção Fiscal da ANS, em andamento. 

 

Unimed Cuiabá Cooperativa de Trabalho Médico”

VITÓRIA GOMES
DA REDAÇÃO

George Dias