Universal dissemina em redes sociais que curou casal com HIV

O presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei 14.289/22 que obriga a preservação do sigilo sobre a condição de pessoa infectada pelos vírus da imunodeficiência humana (HIV), de hepatites crônicas (HBV e HCV) e de pessoa com hanseníase e tuberculose, no âmbito dos serviços de saúde; dos estabelecimentos de ensino; dos locais de trabalho; da administração pública; da segurança pública; dos processos judiciais e das mídias escrita e audiovisual.

Muitas pessoas que têm HIV preferem não se expor por medo de preconceitos ou discriminação, pois ainda há o estigma em relação à aids, doença causada pelo vírus e ainda incurável, apesar dos avanços das pesquisas em busca da cura e de vacinas eficazes.

No Brasil, uma informação da Igreja Universal do Reino de Deus tem colocado a comunidade científica em estado de alerta devido aos riscos que esse tipo de divulgação pode oferecer, sobretudo, aos que buscam tratamento contra a o HIV e a aids. A entidade evangélica, comandada pelo bispo Edir Macedo, disseminou em suas redes sociais que curou um casal com aids.

De acordo com a postagem, o casal não aceitou viver do tratamento médico e, mesmo assim, teria se curado por meio de orações e práticas da igreja. “O casal não aceitou viver de tratamento, fizeram a Corrente dos 70 sabendo que a cura viria através da fé colocada em prática e, com a certeza de que, o tempo de milagres não acabou. Hoje, eles estão curados”, diz a publicação.

A postagem completa dizendo: “Você também precisa de uma cura que é impossível para a medicina? A sua fé pode fazer o milagre acontecer, participe da Corrente dos 70, em uma Universal mais próxima”.

Em 2015, a igreja de Edir Macedo foi condenada a indenizar em R$ 300 mil um fiel soropositivo que abandonou o tratamento contra o HIV e deixou de utilizar preservativos por orientação da instituição, infectando com o vírus sua esposa.

 

Por; DOL