AMM: impacto da seca nos municípios deve ser de R$ 1,2 bilhão

JLSiqueira/ ALMT

O presidente da AMM, Leonardo Bortolin (MDB), quer reforçar a parceria da instituição com o Governo do Estado para enfrentar a queda na arrecadação causada pela seca

ENZO TRES
DA REDAÇÃO

O presidente eleito da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Leonardo Bortolin (MDB), revelou que a seca pode diminuir a arrecadação tributária gerada pelo agronegócio em R$ 1,2 bilhão.

 

A instituição prevê que a escassez de chuvas reduza a colheita, diminuindo o recolhimento do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), além de impactar no Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

 

“Vemos um cenário muito ruim financeiramente para os municípios. O próximo ano deve ter uma recessão pela perda da produção agrícola, que deve impactar na diminuição de R$ 1,2 bilhão em relação ao Fethab e ao FPM”, explicou Bortolin, que assume a entidade na quarta-feira (3).

 

O presidente também contou que a AMM deve apresentar, até fevereiro de 2024, um plano com medidas para reduzir os prejuízos. O documento será produzido em parceria com o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT).

 

“Devemos apresentar até fevereiro o planejamento estratégico aos prefeitos, onde buscaremos ferramentas, em parceria com o Tribunal de Contas, para melhorar a receita dos municípios. Já temos a reunião marcada”, disse.

 

Para enfrentar a crise, ele considera essencial que a AMM fortaleça a relação com o Governo de Mato Grosso.

 

“A AMM vai fortalecer a relação institucional com todos os poderes, mesmo sendo uma entidade autônoma. Precisamos tratar com muita proximidade institucional as entidades parceiras e, entre elas, o Governo do Estado”, concluiu.

 

A seca

 

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT) pediu que o Governo do Estado decrete situação de emergência sobre a seca. O pedido foi feito no dia 21 de dezembro.

 

Conforme a Casa de Leis, instituições do agronegócio, como a Aprosoja e a Famato, e municípios do interior apoiam o pedido.

 

Eles alegam a perda de plantações e morte de animais por causa da escassez de chuvas.

 

O Governo do Estado, contudo, ainda não respondeu.