Desembargador determina soltura de investigador que matou PM

desembargador Rui Ramos, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, determinou a soltura do investigador da Polícia Civil Mario Wilson Vieira da Silva, réu pelo crime de homicídio qualificado contra o policial militar Thiago de Souza Ruiz.

 

A decisão é desta segunda-feira (11).

 

O crime ocorreu no dia 27 de abril dentro de uma conveniência em um posto de combustível em frente à Praça 8 de Abril, em Cuiabá.

 

Mário estava preso desde o dia 28 de abril, quando se apresentou na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa

Recentemente ele foi pronunciado a júri popular. A data do julgamento, no entanto, ainda não foi marcada.

 

Na decisão, o desembargador citou que o investigador é réu primário, possui profissão lícita e endereço fixo, “fator apto a relativizar a perspectiva de abalo à ordem pública”.

 

Ele impôs que Mário cumpra algumas medidas cautelares, entre elas, suspensão do porte e posse de arma; suspensão da atividade de policial; recolhimento noturno; tornozoleira eletrônica e proibição de manter contanto com testemunhas e informantes.

 

Morte de PM

 

 

De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), o investigador e um amigo foram até a conveniência e lá encontraram uma terceira pessoa, que apresentou a vítima aos dois.

 

Segundo o MPE, o PM e o investigador se “estranharam” pela desconfiança sobre a condição de policial da vítima.

 

“A conversa seguiu no sentido de um indagar ao outro informações acerca das atividades e formação policial de ambos, instante em que Thiago levantou a camisa para mostrar uma cicatriz de que era portador, momento em que Mário visualizou e se apossou do revólver que aquele trazia na cintura, afirmando que iria chamar a polícia para averiguar aquela arma”, diz trecho da denúncia.

 

“Neste interim sacou da pistola que trazia consigo e apontou em direção a Thiago, após o que voltou sua pistola para a cintura e permaneceu com o revólver da vítima em mãos”, acrescenta o documento.

 

Na sequência, conforme o MPE, a vítima tentou pegar de volta seu revólver, oportunidade em que os dois se atracaram e caíram no chão.

 

Durante a confusão, testemunhas tentaram separar os dois, mas a vítima acabou sendo atingida por vários disparos de arma de fogo efetuados pelo investigador.

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO