FDA aprova primeiro tratamento injetável para prevenir HIV

Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, aprovou o primeiro tratamento injetável para prevenção do HIV. Diferente do tratamento já utilizado, o novo método dispensa o uso diário de medicamentos.

O tratamento foi batizado como Apretude e é aplicado com um intervalo de dois meses entre cada dose. Assim como os demais, o medicamento serve para Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) ao vírus causador da síndrome da imunodeficiência humana, a aids.

Nos Estados Unidos, são elegíveis ao novo tratamento todos os adultos e adolescentes que pesem, no mínimo, 35 kg. No começo do processo de prevenção, o paciente receberá duas doses do Apretude com um intervalo de um mês entre elas, depois, este intervalo sobe para dois meses entre cada injeção.

Esta é a primeira opção de profilaxia ao HIV ao HIV dos Estados Unidos que não utiliza pílulas diárias, explica a diretora da Divisão de Antivirais no Centro de Avaliação e Pesquisa de Medicamentos, Debra Birnkrant.

Especialistas esperam que com o novo método de prevenção mais pessoas passem a se proteger, pois diversas pessoas ainda evitam o tratamento tradicional das pílulas diárias, principalmente homens jovens que se relacionam com outros homens, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês).

Segundo o CDC, outros motivos que impedem uma adesão mais ampla do tratamento de prevenção são: depressão, vulnerabilidade socioeconômica, dependência química e até mesmo a vergonha de ser descoberto utilizando os medicamentos de profilaxia.

Apesar de muitas pessoas ainda não fazerem nenhum tratamento para prevenção, o CDC relata que o número de pessoas que buscaram pelo método cresceu consideravelmente. De acordo com o órgão federal dos EUA, de 2015 a 2020 o número de pessoas que fazem uso da PrEP passou de 3% para 25%.

 

OLHAR DIGITAL