Governo anuncia doação de vacinas para países vulneráveis

O governo federal anunciou, nesta segunda-feira (20), que doará vacinas contra a Covid-19 para países em situação de maior vulnerabilidade. De acordo com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, serão doadas, neste primeiro momento, 10 milhões de doses por meio do Covax Facility, aliança internacional conduzida pela OMS (Organização Mundial de Saúde).

“Tenho imensa satisfação em sinalizar que vamos oferecer, nesse primeiro momento, 10 milhões de doses em doação por meio da Covax Facility, com margem de alcançarmos até 30 milhões de doses de imunizantes doados aqueles em situação de maior vulnerabilidade”, afirmou Queiroga.

O ministro contou que a doação de vacinas para países em situação de vulnerabilidade será alvo de uma MP (Medida Provisória) editada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Queiroga não informou, contudo, quando a matéria será publicada no DOU (Diário Oficial da União).

A proposta, segundo o ministro, prevê que as doações serão efetivadas em termo firmado pelo ministério, que consultará o Itamaraty, para definir os destinatários e respectivas quantidades dos imunizantes a serem doados. Queiroga ressaltou que a efetivação da doação dependerá da manifestação de interesse e anuência do recebimento do imunizante pelo país beneficiado. Segundo o ministro, as doações não comprometerão a imunização de brasileiros.

Vacinação de crianças

 

Durante o anúncio, Queiroga não falou sobre a imunização de crianças. Na última quinta-feira, a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) aprovou o uso da vacina contra a Covid-19 da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos de idade. Segundo o gerente-geral de medicamento do órgão, Gustavo Mendes, a segurança do imunizante e o número de infectados nessa faixa etária foram determinantes para a aprovação. A imunização será feita em duas doses com intervalo de três semanas entre elas.

Os membros da CTAI Covid-19 (Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19), ligada ao Ministério da Saúde, emitiram por unanimidade um parecer favorável ao uso da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Na análise, os técnicos destacaram a importância da proteção dessa faixa etária, que registrou 6.163 casos e 301 mortes por Covid-19 desde o início da pandemia.

O documento serve para nortear a decisão da pasta sobre a inclusão ou não desse público no PNI (Programa Nacional de Imunização). No entanto, de acordo com Queiroga, o governo federal deve realizar uma audiência pública antes de decidir se aprova o início da vacinação para essa faixa etária. O ministro anunciou, no último sábado (18), que vai bater o martelo sobre o tema em 5 de janeiro.

 

R7