Jovem é amarrado com corda no pescoço, arrastado e jogado em vala

Um jovem de 18 anos teve o pescoço amarrado por uma corda e foi arrastado por uma estrada de terra após uma cavalgada em uma fazenda de Alto Paraíso de Goiás, no nordeste de Goiás. Depois, sujo de sangue e lama, foi jogado em uma vala. A propriedade pertence ao prefeito do município, Marcos Rinco (DEM), que diz ter apenas alugado o espaço para a festa.

O episódio aconteceu na madrugada do último domingo (19), durante a 2ª Edição da Cavalgada das Comitivas. Alto Paraíso é a principal cidade da região da Chapada dos Veadeiros, conhecida mundialmente por suas belezas naturais, sendo também um destino para retiro espiritual.

As cenas de violência contra o rapaz foram filmadas e divulgadas em redes sociais, Nas imagens é possível ver que o garoto tenta segurar a corda, mas continua sendo puxado e arrastado pela lama. Outras pessoas que estão no local, além de nada fazerem para impedir a crueldade, batem palmas e riem da situação.

Depois das agressões, o jovem teve que andar por dois quilômetros até encontrar amigos, que acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que o levou ao hospital do município. Após receber alta, ele foi à delegacia prestar depoimento.

A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar e as pessoas envolvidas nas agressões já foram identificadas. Elas deverão ser indiciadas por lesão corporal grave por risco de vida. O principal agressor e a vítima já se conheciam e, em outro momento da festa, o agressor foi visto alterado e segurando uma motosserra ligada.

Em nota divulgada nas redes sociais, a HC Festas e Eventos, responsável por organizar a cavalgada, alegou que as agressões contra o jovem aconteceram após o encerramento do evento e que a festa “contou com 10 seguranças da equipe a fim de evitar e/ou conter brigas e tornar o evento um local seguro”.

Já o prefeito Marcos Rinco, por meio de vídeo divulgado nas redes sociais, lamentou o episódio e disse que, apesar de ser dono da fazenda onde ocorreram as agressões, nada tem a ver com o que aconteceu.

“Infelizmente aconteceram lá essas cenas, mas os cuidados todos foram tomados anteriormente, durante o evento teve a presença constante de segurança privada, teve a presença esporádica da Polícia Militar e ambulâncias aqui do hospital para qualquer eventualidade.”

 

O TEMPO