Juíza mantém prisão de tios denunciados por matarem menina de 2 anos em Poconé

A juíza da comarca de Poconé, Kátia Rodrigues Oliveira, converteu para preventiva a prisão de Francisco Lopes da Silva e Aneuza Pinto Ponoceno, que  foram denunciados por terem matado Maria Vitória Lopes dos Santos, de 2 anos, em Poconé/MT (a 104 km de Cuiabá) no mês de novembro deste ano. Eles submetiam a criança a maus-tratos e abusos sexuais.

De acordo com a decisão do dia 9 de dezembro, os envolvidos haviam sido presos em flagrante.  Alguns dias antes, no dia 3 de dezembro, a magistrada acatou a denúncia do Ministério Público contra Francisco e Aneuza.

De acordo com o documento, o promotor Mário Anthero Silveira de Souza Bueno Schober pediu para que Francisco fosse julgado pelos crimes de tortura com resultado de lesões corporais graves, estupro de vulnerável em continuidade delitiva, homicídio qualificado por motivo torpe, emprego de meio cruel e tortura.

Já Aneuza vai responder por tortura com resultado de lesões corporais graves, motivo torpe e sadismo, pelos simples prazer de se contentar em saber que seu marido maltratava criança, que era tratada por este como objeto de satisfação sexual e tortura, já que ela sabia que o marido cometia tais atos para aumentar o sofrimento da vítima.

“Homologado o flagrante e Convertida à prisão em flagrante em prisão preventiva. Manifestação do IRMP, pugnando pelo arquivamento. Dessa forma, exaurida a jurisdição do presente auto de prisão em flagrante. Ante o exposto, considerando que fora atingida a finalidade da presente demanda, PROCEDA-SE O ARQUIVAMENTO dos autos com as baixas de estilo e alterações necessárias, encaminhando-se cópia do presente Auto de Prisão a respectivo Ação Penal”, diz trecho do documento.

 

CRUELDADE

 

Documentos obtidos junto à Polícia Civil apontam que Maria Vitória era agredida com cordas de curral e tinha alimentos suprimidos para que ela desfilasse nua e rebolasse para o tio Francisco Lopes da Silva.

Em depoimento, Aneuza afirmou que Maria era abusada sexualmente pelo tio ao menos duas vezes na semana e que durante os estupros, a menina costumava gritar dizendo “Não, não. Dói, dói”.

No dia seguinte aos estupros, a menina sempre aparecia com as fraldas sujas de sangue. Aneuza confessou ainda que para fazer com que a criança rebolasse para o acusado, Maria era agredida com cordas de curral e tinha a alimentação retirada.

 

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