Menino autista é acolhido por crianças em jogo de futebol no DF

O que seria apenas um jogo de futebol entre crianças numa tarde de final de semana, acabou encantando a mãe de Fabrício Caminha Campos, de 11 anos. O menino tem autismo e não entende bem as regras do jogo, mas estava muito interessado em jogar com um grupo de meninos que brincavam na quadra de um condomínio em Águas Claras, no Distrito Federal. O garoto foi prontamente acolhido, o que deixou a mãe emocionada.

Mariana Caminha, 42 anos, filmou o momento e publicou as cenas no Instagram. A postagem foi feita em maio deste ano, mas voltou a fazer sucesso na rede social dela atualmente, após a história repercutir na imprensa.

Caminha conta que estava em um churrasco no condomínio onde mora um casal de amigos, quando o filho viu que meninos jogavam futebol na quadra. Prontamente, demonstrou interesse e disse que queria participar da brincadeira.

Mariana, então, chamou um dos garotos e explicou que o filho é autista e que precisaria da colaboração das crianças para que eles pudessem se divertir juntos. O menino fez um sinal de positivo e Fabrício entrou em campo.

“Saí de cena, e o resultado que vi foi esse aí do vídeo: um lindo momento de acolhimento e inclusão. Uma corrente linda que começou com esse menino chamado Alexandre (depois descobri o nome dele) e que passou de criança a criança de uma forma tão natural e genuína”, comentou a mãe de Fabrício.

 

Ao Metrópoles Mariana relatou que o filho foi diagnosticado com autismo aos 3 anos de idade. “Ele aprendeu a ler e a escrever, responde a comandos, então a gente vê que ele está sempre evoluindo. Sabemos que ele não está no lado mais grave do espectro”, comenta.

Apesar disso, ainda não é simples para Fabrício jogar futebol com outras crianças. Por isso, aquele momento tornou-se tão especial para a família.

“Parece uma coisa muito simples para a gente, mas jogar uma partida de futebol com amigos exige habilidades sofisticadas: estar atento aos movimentos, saber para quem vai passar, chutar para o gol. Eles [autistas] podem aprender? Podem. Mas não é algo tão orgânico como para as outras crianças”, pontua Mariana.

 

“Nesse dia foi facílimo para os meninos o acolherem. Tudo aconteceu de forma bem natural”, completa.

 

Por; Metrópoles