Pai é preso após filho de 15 anos usar cigarro eletrônico na escola, em Firminópolis

Um pai foipreso em flagrante depois que o filho de 15 anos foi visto usando um cigarro eletrônico na escola, em Firminópolis, Oeste de Goiás. Caso aconteceu nesta terça-feira (7) e chegou ao conhecimento da Polícia Civil através de uma professora do adolescente. O pai do menino pagou fiança de um salário mínimo e vai responder ao processo em liberdade.

De acordo com o delegado do caso, Tiago Junqueira, uma professora do menino o viu utilizando o cigarro eletrônico, também conhecido como pod, na escola. A docente estranhou a situação e levou o caso até a diretoria, que chamou o estudante e o questionou.

O próprio adolescente disse que havia ganhado o pod do pai de presente. O caso então foi denunciado para a polícia, que chamou o pai do menino para prestar esclarecimentos. O pai confessou que havia comprado o cigarro eletrônico para consumo próprio, mas acabou dando de presente para o filho.

A polícia autuou o pai do adolescente pelo crime de fornecer a criança ou a adolescente bebida alcoólica ou outros produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica. Delito está previsto no artigo 243, do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA). A pena pode variar entre dois a quatro anos de prisão, além de multa, se o fato não constitui crime mais grave.

O pai pagou uma fiança de R$ 1.212 e vai responder pelo crime em liberdade. O Mais Goiás não conseguiu contato com a defesa dele para manifestação.

Riscos cigarro eletrônico

 

Vale enfatizar que, especialistas ouvidos pela reportagem, consideram o cigarro eletrônico maléfico à saúde pulmonar, com possibilidade de provocar danos em curto e longo prazos. O produto é de comercialização proibida no Brasil, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas ganha novos formatos, cores e ‘sabores’ a cada dia para conquistar, principalmente, os mais jovens.

O médico pneumologista Ramiro Dourado ressalta, porém, que engana-se quem pensa que os dispositivos são inofensivos à saúde. Para ele, entre os  principais males estão as doenças respiratórias. “O cigarro eletrônico causa desde sintomas leves respiratórios como tosse, falta de ar e dor no peito; até doenças graves como a Evali que pode levar a insuficiência respiratória e morte”, afirma.

O especialista alerta que os riscos apresentados pelo consumo do vaper são iguais ou mais severos que os esperados pelo uso do cigarro tradicional.

 

Por; Mais Goiás