Revoltado com falta de médicos, homem tranca UPA na Grande BH com corrente e cadeado
Revoltado com a ausência de médicos no local, um homem decidiu lacrar com corrente e cadeado a entrada da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Mário Campos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na tarde dessa sexta-feira.
Gabriel Ferreira Campos, de 36 anos, contou ao g1 Minas que ele buscava auxílio médico para a mãe, de 73 anos, que tinha sido queimada por uma lagarta, na sexta-feira (4).
Segundo a Polícia Militar, o homem se revoltou após ser informado que teria de procurar atendimento na UPA de Brumadinho, cidade vizinha, pois naquele momento, mesmo após a paciente já ter passado pela triagem, foi informado que não haveria médicos disponíveis em Mário Campos.
Insatisfeito com a situação, em especial com a falta de médicos, ele resolveu lacrar a entrada principal da UPA utilizando uma corrente e um cadeado, impedindo assim a entrada e saída de funcionários e pacientes.
“Como é que uma unidade 24 horas não tem médico?”, questionava Gabriel enquanto lacrava a UPA.
Após a chegada dos policiais, Gabriel foi orientado a retirar o lacre e liberar a entrada da UPA. Ele não foi preso, mas prestou depoimento para os policiais militares e será futuramente ouvido pela Polícia Civil.
Segundo o boletim de ocorrência, ele disse que agiu dessa maneira como forma de protesto e para chamar a atenção do poder público.
“O problema é recorrente. Há uma unidade 24 horas que não tem médicos e sempre orienta a buscar atendimento em cidades vizinhas, como Brumadinho e Sarzedo”, lamentou ao g1 Minas.
Depois da confusão, ele acabou tendo que levar a mãe para ser atendida em Brumadinho.
A reportagem pediu posicionamento da prefeitura de Mário Campos e aguarda retorno.
