Por volta das 17h o corpo do cantor João Carreiro, 41, chegou ao ginásio Aecim Tocantins, para velório aberto ao público. Uma multidão de fãs esperava a chegada, cantando músicas do artista, tocando viola e a emoção tomou conta do espaço, onde a cerimônia é realizada até a manhã de sexta-feira (5), quando haverá o sepultamento no cemitério Parque Bom Jesus de Cuiabá, por volta das 8h. Mais cedo, houve cerimônia na Câmara de Campo Grande (MS).

“Meu coração está despescado, mas, ao mesmo tempo, consolado, pois só ouço das pessoas o quando o João era uma pessoa maravilhosa. Deixa um grande legado para a cultura. Meu João era o melhor filho do mundo”, declarou a mãe do artista, Eteuvânia Reis muito emotiva.

Uma grande proteção limitou o espaço ao caixão para amigos e familiares. Fãs puderam dar o adeus ao cantor a curta distância, mas separados pela divisória que formava um corredor em torno da urna.

“Para ser sincero, a ficha ainda não cai. Mesmo estando aqui já, para nós o João continua vivo, pelas postagens dele brincando. A gente está muito triste, eu como amigo, como fã. Estamos com amigos recebendo ele. Cuiabá tem muito orgulho do João Carreiro”, afirma o cantor Anselmo, ex-dupla com Rafael.

Sensibilizada, a esposa do cantor não falou com a imprensa no local.

João Carreiro fez seu nome na música popular brasileiro tocando viola no sertanejo raiz com o amigo Capataz, com quem desfez a dupla há alguns anos. João chegou a se afastar da carreira para tratar de depressão e, posteriormente, seguiu com shows solo. O último deles foi em Pedra Preta (238 km ao sul).

Morte
João Carreiro sofria com problemas cardíacos e precisou operação para colocar uma válvula no coração. No apartamento, de camisola hospitalar e enquanto esperava o procedimento, ele brincou com a esposa e estava alegre na filmagem. Contudo, ele não resistiu à operação e morreu na noite de quarta-feira (3), em Campo Grande.